sexta-feira, 30 de abril de 2010

BH - Iron Biker - Final



Para mim, a terceira e última participação, foi a que teve o trajeto mais legal e foi a que mais gostei de participar.

A largada do primeiro dia estava marcada para um local próximo à Lagoa dos Ingleses (Alphaville), distante uns 15 km da minha casa. Tinha chovido bastante no dia anterior e, no sábado pela manhã, a chuva caía forte. Mesmo assim, decidi ir, de carro, para o local da largada, na esperança da chuva terminar. Dito e feito. Cheguei ao local e fiquei sabendo que tinham atrasado a largada em cerca de uma hora, em função da chuva que tinha acabado a uns 15 min. Para minha sorte, resolvi passar protetor solar, pois, cerca de uma hora depois, abriu um sol forte que ficou mais forte durante o passar das horas. Quem não se protegeu, se queimou, muito!

Começamos por trilhas que já conhecia, mas, poucos quilômetros depois, o percurso entrou em um propriedade particular, onde barravam os não inscritos (a 'turma da pipoca'). E desta vez, não tinha um caminho alternativo que eu conhecesse. Procurei, junto com outros 'barrados na trilha', um local para voltarmos ao percurso. Tivemos que andar por matos, atravessar brejo (carregando a bike) e ainda aguardar a saída de um vigia que ficava ao lado de um trevo, verificando se somente os inscritos passavam. Esta 'aventura' deve ter levado quase uma hora.

Quando consegui voltar ao percurso, quase uma hora depois, estava na turma do 'fundão'. Com pouco tempo de pedalo, encontrei uma placa de inscrição no chão. Não pensei duas vezes. Parei e a peguei. Não a coloquei no guidon, mas cheguei a utilizá-la para obter água, durante a pedalada, quando parei em pontos de apoio que só davam água para inscritos. Realmente não foi uma atitude muito correta da minha parte, mas, com uma sede insuportável e sol idem, pensei na minha sobrevivência! :)

Pouco após achar a placa, comecei a acompanhar uma biker que estava pouco à minha frente. Fomos pedalando num bom ritmo e tentei animá-la, quando o cansaço batia. Pedalamos juntos até o final do percurso feminino/infantil (cerca de uns 45 km) que ficava uns 32 km antes do final.


Neste dia, passamos por locais muito legais: um visual lindíssimo num alto de uma serra, seguido por uma descida em uma trilha de pedras feita por escravos; por trilhas que acompanhavam os trilhos de um trem (neste trecho, não tinha como fazer ultrapassagens, obrigando a todos irem num mesmo ritmo), por pontes e um túnel para trens. O túnel, por ser muito escuro, foi iluminado de uma forma bem divertida: abóboras, como as do dia das bruxas, com vela dentro. Todos curtiram muito!


Além destes lugares descritos acima, o percurso deste primeiro dia também teve tudo que um bom Mountain Biker gosta: trilhas, estradões, passagens por riachos, lama, lindas paisagens, grama, ...

Neste dia cheguei bem, ao final da prova, não tanto extenuado como das outras vezes. A organização oferecia um transporte, em caminhão, para uma cidade próxima (cerca de 15 km), onde as equipes de apoio aguardavam o retorno dos competidores.

Como estava sozinho, tive que descolar uma carona. Acabei conseguindo voltar num ônibus que trazia vários competidores. Minha bike e eu fomos na parte da frente, na cabine do motorista, junto com outros bikers. Viajei sentado nos degraus da porta do ônibus. O espaço era bem pequeno e acabei tendo câimbras, mas foi uma carona muito bem vinda, pois não teria como voltar sem esta ajuda!

Bem, estas foram as histórias, relativas às minhas participações no Iron Biker, que mais me marcaram. Quem tiver oportunidade de participar, posso dizer que vale muito à pena e que certamente, para os amantes do MTB, é uma das melhores provas existentes.

O site oficial do evento é: http://www.ironbiker.com.br/


Resumo das Participações


IB 1999
     Data: 16 e 17 de outubro 
     Participantes: 800
     Distância: 115 Km
Roteiro: Honório Bicalho – Belo Horizonte
Desafios: Sol muito forte, clima seco e o excesso de poeira.

IB 2000
Data: 21 e 22 de outubro
Participantes: 854
Distância: 128 Km

Roteiro: Belo Horizonte – Itabirito ( 76 Km )
Desafios: Pela primeira vez a largada aconteceu em Belo Horizonte , no BH Shopping. Muita poeira no 1º dia

IB 2001
    Data: 20 e 21 de outubro
    Participantes: 870
    Distância: 139 Km
Roteiro: Minas Náutico/Alphaville – Tripuí ( 77 Km )
Desafios: Largada no Minas Náutico – Alphaville. Até 40 minutos antes da largada chovia torrencialmente.
A chuva parou completamente, mas as trilhas ficaram muito escorregadias e com muita lama.


segunda-feira, 26 de abril de 2010

BH - Iron Biker - Parte 2

Além da minha primeira participação em uma prova do Iron Biker, lembro-me de duas outras que participei (apenas um dia em cada uma) e uma tentativa de apoio ao meu irmão que acabou em um acidente.

Na segunda participação, a largada foi próxima ao Clubinho (local que eu já conhecia e as trilhas próximas também). Como na participação anterior, não tinha feito a inscrição, só que, desta vez, estava sem um companheiro de prova, no meio de centenas de bikers. A largada foi tranquila e, como tinha muitos ciclistas, a velocidade era baixa. Aos poucos o pessoal foi se ajeitando e cada um pedalando no seu ritmo. Após uns 3km a organização desviou o percurso, de tal modo que teríamos que passar por dentro de uma propriedade particular. E, neste momento, somente quem tinha a placa de inscrição era liberado para passar. Achei que seria o fim de prova para mim. Mas, junto com mais alguns outros que estavam na mesma situação que a minha, procuramos e encontramos um caminho alternativo, um pouco mais longo, mas que cruzava com a rota da prova.

Nesta prova pedalamos por mais de 2km por dentro do leito de um rio (a água ficava pouco abaixo da corrente). Muito radical! Passamos por várias trilhas, estradões, trechos com muita pedra, areia, barro... Tinha de tudo! Com o passar das horas, o sol ficava mais forte. Minha água, que tinha levado em duas garrafinhas, já tinha acabado e a organização somente fornecia para os inscritos (justo! até para a turma do 'fundão' dos inscritos já tinha acabado).

Após quase de 5 hrs de prova, vieram as subidas mais fortes e com o sol mais quente. Vi vários ciclistas, por toda a subida, passando mal, vomitando, com câimbras e deitados sobre a sombra, esperando passar um pouco o calor. Fui pedalando e também empurrando a bike, na esperança de conseguir passar por estes 'pesadelos'. Não tinha alternativa: no meio do mato, não teria resgate. Ou finalizava a prova ou chegava até o final! :)

Após 6 hrs e 30 min (aproximadamente), cumpri minha meta, chegando ao final da prova, num posto de combustível. Cheguei vivo e sem machucados! Nem pneu furou (não tinha levado kit de primeiros socorros da bike). Estava muitíssimo cansado, mas extremamente feliz! Duvidava que eu conseguiria chegar, ainda mais sem apoio...

Procurei um orelhão e solicitei o resgate. Meu pai foi me buscar. O resto do dia foi para descansar.

Pedalei!

sábado, 24 de abril de 2010

BH - Iron Biker - Parte 1

As provas do Iron Biker que disputei são guardadas num local especial entre as minhas memórias. Somente alguém que já tenha disputado uma, sabe o que é pedalar por lugares lindíssimos, se esforçando ao máximo, passando por dificuldades e chegando extenuado, mas como uma sensação de vitória, mesmo tendo chegado várias horas após a turma da elite.

Participei de várias provas do Iron Biker, mas sempre na 'turma da pipoca' (junto com o pessoal que não pagava, por achar muito caro, mas que queria conhecer novas trilhas). Às vezes tínhamos que buscar caminhos alternativos, pois o caminho passava por dentro de propriedades particulares onde somente quem tivesse a placa com o número da inscrição podia passar. Hoje eu não faria deste jeito, mas, na época, era uma dose a mais de emoção! :)

Geralmente a prova consiste em dois dias: um deles saindo de Ouro Preto até um determinado local (cidade, posto, fazenda...) e deste local até Belo Horizonte. Ou o inverso, saindo de BH, parando num local intermediário e deste local até Ouro Preto no dia seguinte.

Para minha primeira participação, entrei em contato com um primo que tinha uma MTB apropriada para trilhar e consegui que ele me emprestasse a bike para participar da prova. Nesta prova eu participei junto com meu irmão mais velho, somente no segundo dia de prova. Saímos de uma cidade próxima a Belo Horizonte, com o objetivo de chegar em BH. Foram cerca de 45 km de trilhas, estradões, passando por rio e, no trecho final, uma subida muito forte, a subida do Clubinho, com cerca de 2 km de extensão.

Meu irmão tinha muito mais experiência e preparo. Eu tentava acompanhá-lo, mas, várias vezes, ele tinha que ficar me aguardando. Fiquei maravilhado com toda a prova. Além da natureza exuberante, o clima da prova e tantos bikers todos com o mesmo objetivo: vencer as adversidades e chegar ao fim.

À medida que pedalava, a distância da linha de chegada diminuía e ficava mais próximo do meu objetivo. É claro que o cansaço, o sol, o barro, as pedras, os buracos contribuíam para esta conquista ficar mais difícil.

Após uns 40 km, a parte das trilhas tinha acabado. Somente paralelepípedos e asfalto pela frente. E locais por onde eu já tinha pedalado. O único mais complicado era a subida do Clubinho. Incentivado pelo meu irmão, fui pedalando e vencendo, aos poucos, este obstáculo. Já no final da subida, senti uma sensação de câimbra tomando conta da batata da perna esquerda. No intuito de não deixar a câimbra me atrapalhar, resolvi descer para empurrar a bike. Neste momento, tive câimbras nas duas pernas e me deitei no meio da pista, num asfalto quente. Meu irmão veio me perguntar o que estava acontecendo. Falei que era câimbra nas duas pernas. Começou a esticar minha pernas para ver se a dor passava. Passou um motoqueiro da organização perguntando se era algo grave e se precisava de ajuda. Meu irmão explicou que estava tranquilo e o motoqueiro se foi.

Fiquei por uns 5 min até a dor passar. A partir daí, terminei a subida e depois foi apenas pedalar um pouco para atravessar a linha de chegada. Mesmo com as câimbras, achei tudo excelente! Foi uma participação inesquecível!

Segue um vídeo que mostra um pouquinho, através de imagens de várias provas, do que é o Iron Biker!

Pedalei!


terça-feira, 20 de abril de 2010

Tachão!

Encontrei uma imagem de um tachão, semelhante ao que me fez ir ao chão!

O ralado do braço já melhorou bastante, mas o da coxa ainda está doendo...

Numa previsão otimista, acredito que semana que vem estarei de volta ao pedalo!

Descansei!

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Pedalando para o Serviço - Tombo Feio! :(

(Referente à quinta-feira 15.Abr.2010)

Estava na dúvida se iria de bike hoje. Deixei o material pronto e acordei bem disposto. O tempo estava favorável. Me aprontei, alonguei e saí pedalando.

Minha intenção era ir tranquilo. Mesmo sem forçar, estava indo num bom ritmo. Perto da entrada para o Ratones, parei e registrei a nova casinha de ponto de ônibus (foto ao lado). A última que faltava ser instalada. Segundo uma usuária de transporte coletivo, que chegou logo após a foto, a casinha estava fazendo muita falta, especialmente nos dias de vento sul e chuvosos. Agora falta somente o banco que, segunda ela, foi detonado também junto com a casinha. Tomara que não demore mais dois meses! :)

Cheguei num bom tempo ao serviço e sem sentir cansaço.

Antes de retornar, tinha decidido passar pelo ponto de encontro do grupo Duas Rodas, que sairiam, de perto do meu serviço, para um passeio em direção a Santo Antônio de Lisboa (metade do meu percurso para casa). Como sairiam após as 20 hrs e eu precisava estar em casa antes das 21 hrs, tive que sair antes. Infelizmente, se soubesse o que aconteceria 20 min depois, teria ficado e pedalado com esta galera animada.

Pouco após o Floripa Shopping, num trecho muito escuro da SC-401, de repente, perdi o controle da bike, que ficou raspando no meio fio, até cair e me fazer aterrissar na calçada, ralando meu antebraço direito e uma parte considerável da coxa direita (lateralmente). Os dois locais estavam muito ensanguentados. Liguei para minha esposa e avisei do ocorrido. Ela decidiu pedir ajuda a um vizinho que tem uma pickup para me resgatar. Falei que não seria necessário, mas ela estava decidida. Combinei o Floripa como ponto de encontro. Fui observar o local que originou minha queda: provavelmente trombei em um tachão (que parece um quebra molas) e o resto vocês já sabem.

Fui olhar a bike: a corrente tinha saído do lugar. Somente isto. Levei-a até um ponto iluminado e posicionei-a corretamente. Com a luz, pude ver meu estrago: tava muito feio.

Resolvi procurar no Floripa por um atendimento de primeiros socorros. Não encontrei e decidi ir a uma farmácia próxima. Não faziam curativos lá, mas me indicaram um Posto de Saúde próximo. Avisei minha esposa da mudança do ponto de encontro. Cheguei ao PS e fui prontamente atendido. Local bem limpo e bem estruturado. A enfermeira fez a limpeza, o curativo e ainda me passou um material para eu fazer a limpeza em casa.

Logo após ter sido atendido, ao sair do posto, um rapaz me viu todo trajado de ciclista e disse que uma 'Raça Medonha' de bikers tinha acabado de passar por alí. Era a turma do Duas Rodas. Pena que não os acompanhei: estaria feliz e inteiro! Meu vizinho chegou logo após e me deu uma carona até em casa.

Infelizmente, ficarei um tempo de 'molho', até tratar desta feridas que ainda estão doendo muito.

Pedalei, Caí e Ralei (muito)!

terça-feira, 13 de abril de 2010

Pedalando para o Serviço - Indo pelo RV - ML

Novamente me preparei para ir pelo Rio Vermelho (RV) /Morro da Lagoa (ML). Acordei e escutei um barulho forte. Pronto: vento contrário forte para complicar minha pedalada! Fui à sacada e percebi o engano. Apesar de morar a cerca de 700 m da praia, o mar parecia estar na esquina, em função do barulho tão forte que ele fazia. Provavelmente fruto de alguma ressaca :)

Terminei de me aprontar, alonguei e saí. Vim imprimindo um bom ritmo e aproveitando o ótimo dia para pedalar (friozinho, sem chuva e sem vento contrário) e observar as maravilhas da natureza. Aproveitei os paredões (subida da Barra/Mirante da Mole e Morro da Lagoa) para 'pagar um pouco dos meus pecados' :). No Morro da Lagoa, até um trator não aguentou e 'abriu o bico'. Pela quantidade de água que jogou no asfalto, algum problema mecânico aconteceu.

Cheguei ao serviço cansado e ensopado (de suor), mas feliz! Alguns amigos que vieram pedalando do continente relataram a presença de chuva em alguns trechos. No percurso que vim não teve.

Pretendia voltar pelo ML/RV, mas estava muito cansado. Preferi não forçar e voltar pelas SCs. Foi uma volta tranquila, onde vim num bom ritmo de pedalo. Infelizmente, além de um trânsito pesado logo na saída da empresa, dois motoristas 'fingiram' que não me viram e entraram na via onde eu pedalava, sem se importar com o fato que eu estava passando. Isso porque eu estava com a camisa laranjada brilhante e com o colete. Ainda teve uma motorista que me deu uma 'boa fechada': logo após me ultrapassar, estava do meu lado esquerdo, começou a diminuir e cruzou minha frente, me obrigando a quase parar para que ela fizesse a conversão à direita. E olha que sinalizei para ela, antes de me fechar, mas não teve jeito.

No mais, foi tranquilo!

Pedalei!

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Pedalando para o Serviço - Dia Maravilhoso!

Acordei e fui admirar o dia que nascia: estava muito bonito e com ótimas condições para se pedalar. Após um final de semana descansando, estava um dia excelente para ir pedalando para o serviço: temperatura amena, sem ventos e já bem claro.

Saí pedalando num bom ritmo e consegui mantê-lo. Cheguei ao serviço com menos de 1 hr de pedalo.

Resolvi, em função da bela tarde que estava, fazer duas coisas: voltar pelas paisagens mais lindas da ilha (Morro da Lagoa, Lagoa da Conceição, Praia Mole) e passar pelo local que sofri o último acidente, visando acabar ou apenas diminuir com o trauma. A foto ao lado foi tirada no Mirante do Morro da Lagoa.

A volta foi ótima e curti bastante o visual. O único porém foi ter que, a partir do Travessão do Rio Vermelho, pedalar sem a luz do dia, pois já estava escuro. Mesmo assim, cheguei bem e num ótimo tempo de pedalo.

Pedalei e gostei! :)



sexta-feira, 9 de abril de 2010

Pedalando para o Serviço - Abaixo de 1 hr

Ontem resolvi consertar minha luva arrebentada pelo acidente e o resultado foi muito bom! :)

Hoje acordei e verifiquei o tempo: friozinho, seco e sem ventos! Excelente para o pedalo! Saí animado e pedalando num ótimo ritmo. Mantive o embalo e, mesmo com uma leve garoa no fim do percurso e um trânsito pesado, cheguei com um tempo abaixo de 1 hr no serviço!

Antes de retornar tive que fazer umas compras e comecei a pedalar a noite: era quase 19 hrs e já estava muito escuro.

Apesar da escuridão, o clima tava excelente para pedalar. Vim mantendo um ritmo forte e, mesmo passando por uma chuva fraca, no final do percurso, e pedalando vários trechos numa escuridão, consegui chegar em casa com menos de 1 hr de pedalo!

Registrando: colocaram uma casinha de ponto de ônibus nova no local de uma das duas que tinha sido destruída por carro (a que fica perto do morro do desmoronamento). Levaram um pouco mais de 2 meses para colocar, mas antes tarde do que nunca. Ainda falta uma!

Pedalei, muito forte! :)

quarta-feira, 7 de abril de 2010

BH - Trilhas: o Batismo

Meu irmão mais velho foi quem me apresentou, de fato, a uma verdadeira trilha.

Saímos da casa dos meus pais no início da tarde. A minha bike ainda era uma MTB genérica. Para minha segurança, estava usando um capacete e um par de luvas. Fomos pedalando até chegarmos ao início da trilha, que ficava próximo a um local chamado Clubinho e bem distante do nosso ponto de partida.

No início da trilha subimos bastante. Depois a trilha passava a ser uma subida suave e, logo em seguida, com trechos em descida e também com subidas. O visual era lindíssimo. Fizemos uma parada para lanchar e curtir a paisagem.

Ainda trilhamos um pouco mais e começamos a pegar o caminho para sair da trilha. No meio da última descida da trilha, passei por um buraco e perdi o equilíbrio, aterrissando no chão e detonando as luvas. Tirando uns raladinhos, nada demais aconteceu comigo. Foi meu Batismo numa trilha!

A partir desta trilha, comecei um paixão com esta modalidade tão boa e prazerosa de se curtir a natureza sobre rodas!


terça-feira, 6 de abril de 2010

Pedalando para o Serviço - O Retorno da Bike Guerreira

Uma semana após o acidente, voltei a ir pedalando para o serviço. Na quinta-feira passada eu deixei a bike para consertar e a busquei no sábado à tarde. Domingo dei um 'rolé' pelo bairro e hoje eu fui pedalando pelas SCs (401 e 403).

Infelizmente, desta vez, a bike não ficou 100% legal. O pedivela ficou um pouco torto e a roda traseira empenada, raspando um pouco no freio. Mas estes não foram impedimentos para eu ir pedalando.

Acordei e fui verificar o tempo: fazendo um friozinho e ventando muito...

Não foi fácil ir pedalando com o Vento Contrário Muito Forte (VCMF) se fazendo presente o tempo todo e, junto com as avarias da bike, me fazendo pedalar bem forte para ir num ritmo fraco/médio. Mesmo assim o tempo que fiz para chegar ao serviço foi ótimo, em virtude de tantas adversidades.

Antes de retornar, passei em duas bicicletarias. A troca do conjunto do pedivela não ficará barata. Como a peça ainda aguenta um tempo, vou adiar este inevitável gasto :)

Eram 7 hrs quando comecei o retorno, já estando bem escuro. Amarrei o farol com um cordão, para evitar que caísse no chão. Infelizmente uma descida forte de paralelepípedos e um quebra-molas foram mais eficientes do que minha amarração e, pela terceira vez (duas no Audax) o farol caiu e se despedaçou. E, também, pela terceira vez, consegui montá-lo e colocá-lo funcionando :) A garrafinha de água também caiu, mas esta ficou detonada...

Além de pedalar no escuro e não ter a presença do vento amigo (que foi inimigo pela manhã), consegui imprimir um bom ritmo, chegando após 1 hr em casa, sendo que peguei 10 min de chuva já quase chegando em casa.

Retornei! :)

sábado, 3 de abril de 2010

Audax Floripa 2010 - Trechos Finais

Terceiro Trecho

Roteiro entre 100 e 150 km: Mirante da Praia Mole, Barra da Lagoa, Rio Vermelho, Ingleses, Costão do Santinho, Ingleses, Vargem Grande, Canasvieiras, Cachoeira do Bom Jesus, Lagoinha, Ponta das Canas, Cachoeira do Bom Jesus.

Saímos do PC-2 e fomos encarar a descida mais alucinante existente na ilha, na minha opinião. Desta vez, atrapalhado por carros, não consegui passar dos 80 km/h como no ano passado, registrando 'somente' 78.1 km/h. Com um sol bem forte, estávamos dispostos a maneirar o ritmo. Entretanto, logo de cara, passamos por uma estrada com bastante sombra, devido aos pinheiros existentes, entre a Barra da Lagoa e o Rio Vermelho. Mantivemos um bom ritmo e chegamos ao Travessão, onde o sol começou a castigar novamente.

Reagrupamos em frente ao Costão Golfe e partimos em direção ao Costão do Santinho. Chegando lá, fizemos uma parada para tomar água gelada e ir ao banheiro. Descansamos um pouco e continuamos. Este trecho foi um dos mais difíceis em função do sol forte. Na estrada para Cachoeira do Bom Jesus, passamos pelo PC-2, mas somente após o retorno de uma 'pequena' volta de uns 30 min é que chegamos ao mesmo.

Hora do carimbo no PC-3: 13:34

Estávamos bem cansados, mas muito animados, pois faltavam 'apenas' 50 km. A infraestrutura do PC estava muito boa e tinha um bom lugar para descansarmos. Agora era pegar fôlego e partirmos para a parte final. Nos alimentamos, descansamos, fizemos alongamento e saímos...

Trecho Final

Roteiro entre 150 e 200 km: Cachoeira do Bom Jesus, Canasvieiras, Vargem Pequena, Jurerê nacional e internacional, estrada Jurerê/Centro, Santo Antônio de Lisboa, Cacupé, João Paulo, SC-401, Trindade.

Saímos do PC num bom ritmo, sendo que eu ia a frente do nosso pelotão. Em Canasvieiras encostamos num pessoal do grupo Duas Rodas e, pouco depois, num grupo de 3 ciclistas. No caminho para a Vargem Pequena pedalamos num grupo de uns 10 ciclistas, todos seguindo em linha, num ótimo ritmo. Ao voltarmos para a SC-401 nosso grupo já tinha diminuído, mas nós três ainda estávamos pedalando juntos. Na estrada para Jurerê o ritmo do Michael caiu um pouco e resolvemos diminuir também. Passamos pela parte nacional e logo em seguida pela internacional, voltando na estrada para o centro e, logo em seguida para a SC-401.

No final da subida em frente ao terminal de ônibus de Santo Antônio, paramos para pegar um fôlego. O trecho com mais subidas, e algumas bem fortes, estava por vir: quatro subidas em Cacupé e duas no João Paulo. Descansamos um pouco e seguimos. Faltava pouco, mas a subidas fizeram parecer faltar mais! :) Passamos por Santo Antônio de Lisboa e, em Cacupé, o Michael acabou descendo da bike para transpor uma subida forte. Como já estava terminando, eu e o Sanderson resolvemos manter um bom ritmo, 'autorizado' pelo Michael, que ficou para trás.

Chegamos ao João Paulo com a maior vontade de terminar a prova. Passamos pelos dois subidões e retornamos para a SC-401. Atravessamos a passarela e, neste momento, lancei um desafio ao Sanderson: encara um sprint final ? Na mesma hora ele topou e começamos a pedalar bem forte, aumentando bastante nossa velocidade. Devemos ter ultrapassado uns 10 ciclistas, antes de cruzarmos a linha de chegada, na maior adrenalina! :)

Hora (corrigida) do carimbo na chegada: 15:57

Nos alimentamos, tiramos fotos, recebemos a medalha e o certificado. O Michael apareceu uns 10 min após nossa chegada. Estávamos bem e felizes por termos participado de uma prova tão legal e bem estruturada: a organização nos surpreendeu positivamente!

Agora, já começo a pensar num possível Audax 300 km!

O Audax Floripa 200 km 2010 foi Show de Bike!! :)

Números finais:
  • Distância total pedalada: 206.45 km
  • Velocidade média: 24.34 km/h
  • Velocidade máxima: 78.1 km/h
  • Tempo Total gasto: 9hrs e 57min
  • Tempo Pedalado: 8hrs e 29 min
  • Posição Final: 54º (entre 184 que completaram)

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Audax Floripa 2010 - Primeiros Trechos

Acordei de madrugada e às 5:15 já estava colocando a bike na frente do meu prédio para aguardar o Michael que chegou naquele momento. Colocamos a bike dentro do carro dele e saímos em direção ao Audax. Conversamos sobre a ansiedade que não nos deixou dormir direito e sobre as expectativas da prova.

Chegamos faltando cerca de 10 min, no local onde deixamos o carro, dentro da Escola Militar, próximo ao local da largada. Montamos as bikes e fomos para o check-in. No caminho, meu farol caiu e se despedaçou todo. Juntei as partes e o montei, só que, na pressa, não coloquei as pilhas corretamente. O farol não ligou, mas também não foi necessário, pois o dia já estava clareando, com o sol começando a aparecer. Não tivemos tempo de procurar o Sanderson, o outro amigo com quem tínhamos combinado de pedalarmos juntos, mas encontrei várias pessoas que conhecia de outras pedaladas e algumas que tinha conhecido recentemente.

Largada

A largada ocorreu por volta das 6:15, quando centenas de 'malucos', muito animados, partiram rumo a pedalar 200 km pela Ilha da Magia. Já estava claro, com uma temperatura amena e com perspectivas de um dia ensolarado.

Primeiro Trajeto

Roteiro dos primeiros 50 km: saída da Trindade (Shopping Iguatemi), Beira Mar Norte, Ponte Colombo Salles, Estreito, São José, Abraão, Bom Abrigo, Itaguaçu, Coqueiros, passarela embaixo da ponte Pedro Ivo, Centro-Sul, Beira Mar Sul, Base Aérea, Carianos.

Na largada, os carros da organização foram administrando o ritmo dos ciclistas. Estávamos numa velocidade bem lenta, como num grande, bonito e festivo passeio. Ao tentar tirar uma foto, meu MP4 foi ao chão :(. Consegui pegá-lo antes que alguém passasse por cima e, por milagre, ele não estragou :) Continuamos no ritmo de passeio e alguns bêbados, de dentro de um carro, começaram a 'tirar onda' com os ciclistas. A PM interveio rapidamente e parou os indivíduos, para uma 'conversa' :).

Pouco depois estávamos passando por sobre a ponte Colombo Salles. Foi a primeira vez que um evento esportivo foi autorizado a passar por ali. O sol começou a aparecer.


Aproveitei para fazer um vídeo:


Após a ponte, já na parte continental, fomos 'liberados' pelos carros que conduziam os ciclistas e a partir deste momento os bikers começaram a se separar, normalmente em grupos, cada qual pedalando no ritmo que julgava mais conveniente.

Começamos a pedalar num ritmo médio/forte, pois o trecho permitia e o tempo estava bem agradável. Até a divisa entre São José e Palhoça o percurso era bem urbano. No retorno de São José para a ponte Pedro Ivo, passamos por lindas paisagens e pedalamos por uma boa ciclovia.

Numa descida no bairro Abraão, meu farol caiu novamente e mais uma vez se despedaçou. Peguei suas partes e desta vez as coloquei na mochila, lugar onde ele permaneceu até o fim da prova e, para minha surpresa, em casa, consegui fazê-lo funcionar. Foi a terceira vez que parei por causa de um acessório que caiu. Ainda teria mais um parada por motivo de queda, mas aconteceu no final do PC-2.

Passamos pela passarela abaixo da ponte Pedro Ivo e rumamos para o bairro do Aeroporto. Pedalamos por dentro da Base Aérea. Lugar com lindas paisagens e uma subida bem caprichada :) Vi vários bikers empurrando suas magrelas morro acima :)
Logo em seguida chegamos ao PC-1.

Hora do carimbo no PC-1: 8:38

O local não era muito legal, mas a infraestrutura era excelente: frutas, sucos, água, coca-cola, biscoitos, pãezinhos, geléias, pipi móvel e até uma batucada! Nos alimentamos, fizemos alongamento, descansamos um pouco e, quando iríamos partir, o nosso amigo Sanderson chegou. Aguardamos mais uns 15 min, para que ele pudesse descansar e se alimentar antes de partimos para os próximos 50 km!


Segundo Trajeto

Roteiro entre os 50 e os 100 km: Carianos, Tapera, Ribeirão da Ilha, Armação, Morro das Pedras, Lagoa do Peri, Pântano do Sul, Lagoa do Peri, Morro das Pedras, Armação, Campeche, Rio Tavares, Lagoa da Conceição, Praia Mole, Mirante da Praia Mole.

Ao sairmos, o Michael pediu para diminuir o ritmo, pois ainda faltavam 150 km e o sol já começava a ficar forte. Entretanto, com a chegada do Sanderson e a proximidade de outro grupo de biker, ele se animou e pedalamos num ritmo médio para forte em direção ao sul da ilha. Descansamos observando as lindas paisagens do caminho. Este trecho foi bem tranquilo e conseguimos desenvolver um bom ritmo. No retorno do Pântano do Sul, ao passarmos pelo Morro das Pedras, paramos um pouco. O Sanderson ligou para sua noiva avisando que estávamos próximos da casa dela que, coincidentemente, era quase em frente da casa de um amigo meu, que também tinha ligado avisando que passaríamos por lá (só que liguei enquanto pedalava :). Desta vez não tinha o caldo de cana geladinho, infelizmente.

Mais uns 10 min de pedalada e paramos para um 'pit stop'. Conversamos um pouco com meu amigo e sua família (esposa e filho) e com a noiva do nosso amigo. Não demoramos e voltamos a pedalar.

Chegamos à Lagoa da Conceição e os maiores desafios estavam próximos: as duas subidas mais fortes do percurso, da Lagoa para a Praia Mole e desta para o Mirante da Praia Mole.

Ao iniciarmos a primeira subida, fui colocar a marcha na coroa pequena e a corrente escapou. Ao tentar descer da bike para arrumar a corrente, os pés ficaram presos nas pedaleiras e o tombo foi inevitável. Segundo meus amigos, foi em câmera lenta :) Consegui amortecer a queda apoiando nas duas mãos e, felizmente, não me machuquei. Se fosse filmado, o tombo seria digno de uma vídeo cassetada! :) Meus colegas pararam um pouco para ver como eu estava e logo recomeçamos o pedal.

Subimos num ritmo tranquilo, mas sem empurrar as bikes e pouco depois chegamos ao PC-2, no Mirante da Praia Mole.

Hora do carimbo no PC-2: 10:56

Neste PC, além da ótima infraestrutura (com tudo que tinha no PC-1, exceto a batucada), ainda tinha ótimos locais com sombra e uma das vistas mais lindas da ilha. Aproveitamos para repor as energias, descansar e fazer alongamento antes de partir.

Fim da primeira parte....

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Audax Floripa 2010 - Preparação

Expectativa

Este ano, ao contrário do ano passado, já estava decidido a participar e estava torcendo para que a partida e a chegada fossem novamente no mesmo local: Costão do Santinho.

Ao saber da data da prova, 21 de março, comecei a direcionar meus preparativos para novamente participar desta excelente diversão: passear por esta linda ilha, acompanhado de outros ciclistas, dentro do meu ritmo, com segurança e infraestrutura de apoio.

Infelizmente o local de partida e chegada foi alterado para um bairro (Trindade) distante 28 km da minha residência. Certamente um problema a ser resolvido: carona no dia do evento ou arrumar um local próximo para dormir ?

Preparativos

Faltando cerca de um mês, fiz um giro pela ilha, pedalando um total de 80 km em pouco mais de 3 hrs. Para mim, um ótimo ritmo. Tentei participar dos treinamentos que ocorreram nos dias 7 (da Trindade para o norte da ilha e retorno) e 14 (da Trindade para o continente, sul da ilha e retorno) de março, mas não consegui. Mesmo assim, fui me preparando com minhas pedaladas para o serviço e com algumas pedaladas com grupos de bikers.

Quando faltavam duas semanas, consegui resolver a logística da ida para o evento: enviei uma mensagem para 3 grupos de bikers (Viaciclo, Floripa Bikers e Duas Rodas Mtb) e consegui resolver este problema, fazendo a inscrição logo em seguida.

Na última semana, acabei pedalando somente uma vez, me guardando para a prova. Comprei um par de pedaleiras e, como presente antecipado de aniversário, ganhei um par de luvas e uma bermuda bem legal da minha esposa.


Sábado Pré-Audax

Reservei o sábado para adquirir os itens que levaria para a prova e uma última revisão na bike (usei a lista de coisas que comprei no ano passado). Também era o dia de buscar o kit de inscrição (com a planilha do percurso, placa de identificação e o passaporte), participar do evento técnico e do jantar de massas. Agenda cheia! :)

Antes de ir para o evento, passei na casa do Michael. Eu o levaria de carona ao evento e ele me levaria de carona no dia seguinte, para o Audax. Fomos conversando sobre a participação no Audax de 2009 e sobre nossas expectativas sobre a prova do dia seguinte.

O evento foi muito legal com um jantar delicioso, além de bem servido. Para melhorar, até fomos sorteados e ganhamos uma camisa, um boné e uma garrafinha (destas de levar na bike).

Durante o retorno, combinamos a programação para irmos para o Audax.

No final do dia, após missão cumprida e tudo preparado, fui descansar para madrugar para a prova! :)

Preparado e na Expectativa!